Rio Grande do Sul – A crescente utilização de drones para transportar celulares, armas e outros itens ilícitos para dentro de presídios motivou a Polícia Penal do Rio Grande do Sul a investir em tecnologia de ponta para neutralizar essas ameaças. O Estado possui 84 presídios de regime fechado e 17 de regime semiaberto, sendo que as armas antidrone serão empregadas nas unidades com maior incidência desse tipo de crime

Agentes da Polícia Penal acompanharam entrega de armas antidrone nesta sexta-feira. Gabriel Jacobsen / Agência RBS

O governo do Estado incluiu a compra das armas antidrone em um pacote de investimentos de R$ 140 milhões para a segurança pública, que também contemplou viaturas, helicóptero e outros equipamentos. Cada kit antidrone custou R$ 1,4 milhão

O equipamento escolhido foi o DroneGun Tactical, da empresa Droneshield, reconhecido internacionalmente e utilizado por países da OTAN, inclusive na Guerra da Ucrânia. O dispositivo oferece contramedidas seguras contra drones, sem causar danos ao ambiente.

Foram adquiridas três armas antidrone, entregues oficialmente à Polícia Penal em maio de 2025, junto com outros equipamentos e veículos recém-comprados pelo governo estadual.

Como funciona o equipamento

Segundo Stupp, o que a arma faz é, utilizando a emissão de frequências específicas, interferir no contato entre o operador do drone e o dispositivo que está voando. Assim, com o uso do kit, os policiais penais poderão fazer o drone pousar imediatamente ou retornar ao ponto de decolagem.

— O kit antidrone consegue neutralizar o drone, e o operador (da arma antidrone) pode fazer o drone retornar a sua origem para a gente possa localizar tanto o material ilícito quanto o piloto do drone — acrescentou Stupp.

Equipamento intercepta sinal entre drone e o operador da aeronave não tripulada. Gabriel Jacobsen / Agência RBS

Cada um dos kits antidrone custou ao Rio Grande do Sul R$ 1,4 milhão. O equipamento já é usado pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) e por agentes de segurança de SP e MG.

O equipamento comprado pelo governo gaúcho é o DroneGun Tactical, da empresa Droneshield. Em seu site, a empresa promete que o dispositivo “oferece uma contramedida segura contra uma ampla gama de ameaças de sistemas aéreos não tripulados (por exemplo, drones), sem causar danos (…) ao ambiente circundante”. O kit ainda inclui bloqueador de sinal portátil que pode neutralizar aeronaves em ambientes críticos.